Autarcas da região fazem um balanço positivo dos primeiros quatro meses de intervenção no âmbito de um protocolo celebrado para a prevenção e controlo dos jacintos-de--água na área da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC).
Representantes desta comunidade intermunicipal, dos municípios de Montemor-o--Velho e da Figueira da Foz, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e do Instituto Politécnico de Coimbra estiveram reunidos sexta--feira para fazer o ponto de situação dos trabalhos desenvolvidos e «avaliar e definir estratégias de sensibilização e envolvimento de entidades e comunidade para alertar para as ameaças das plantas invasoras e sua erradicação».
A reunião, em Montemor-o-Velho, incluiu uma visita de campo aos locais intervencionados, nomeadamente o Leito Padre Estêvão Cabral (leito abandonado do Mondego) e a Estação de Bombagem do Foja.
Emílio Torrão, presidente da Câmara de Montemor-o-Velho e da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, congratulou-se com o sucesso das medidas de combate ao jacinto-de-água, frisando que «é possível manter os cursos de rio limpos» desta espécie invasora e «fazer um trabalho de preservação da flora, recuperar espécies, preservar habitats e devolver à natureza o que é dela».
Citado num comunicado enviado ontem ao nosso jornal, o autarca considerou que «está demonstrado inequivocamente que, se tivermos manutenção e uma equipa regular, conseguimos manter os ecossistemas e as linhas de água vivas e a recuperar dos efeitos nefastos desta espécie invasora». No entanto, defendeu, «o trabalho pioneiro que tem sido feito em Montemor-o-Velho no combate às invasoras», e que «este protocolo veio permitir consolidar», deve ser «contínuo e replicado pelos municípios circundantes».